24 de jun. de 2010

"Meninas Malvadas"

No dia em que estava fazendo 14 anos, fui ao colégio toda animada para receber beijos e abraços de meus colegas, afinal, só faltava isso para completar meu dia, já que toda minha família tinha feito uma surpresa pra mim.

Não foi exatamente assim que fui recebida quando entrei no colégio. Para a minha surpresa, uma menina parou na minha frente, e começou a me chingar de tudo quanto é nome. Ela chegou a ponto de me dizer para tomar cuidado (ela só esperava uma brecha minha). Liguei para minha mãe aos prantos. "Poxa, é meu aniversário! O que eu fiz para merecer isso meu Deus?" Foi exatamente isso que pensei. Tive que ir para a secretaria do colégio, por causa dessa menina.

Quando comecei a contar minha história para a coordenadora, não consegui conter minhas lágrimas, e embora soubesse que minha mãe estava ali do meu lado me apoiando, eu não conseguia me sentir aliviada por tudo aquilo...

Eu tomei um susto quando a tal menina começou a falar... "Eu tenho direito de gritar com ela sim!" Foi isso que ela respondeu. Eu, minha mãe e a coordenadora, ficamos espantadas quando vimos a agressividade da tal menina.

Minha vontade era sair dali correndo, e nunca mais voltar. Eu queria abandonar aquele colégio, já que 80% de minhas lutas foram nela. Eu escutei uma voz suave dentro de mim, dizendo:" E fugir adiantaria?" Por mais que fosse minha vontade, eu tinha que concordar... O que adiantaria fugir? O diabo vai me perseguir aonde quer que eu vá, então porquê fugir daqui? Por que não enfrentar meu problema? Eu não tenho a força? O que é que estou esperando?

Sai daquela sala sem nenhuma lágrima nos meus olhos, eu já estava decidida a enfrentá-la. Ao contrário do que você pensa, eu não enfrentei a tal menina, eu enfrentei o demônio que estava dentro dela. Apertei sua mão, e aceitei suas (forçadas) desculpas. Eu não me importei do jeito que ela pensaria de mim. Só dei as costas e fui embora.

Não sei porquê, mas ela ficou com mais raiva de mim! Talvez, tivesse pensado que eu só tinha feito aquilo por implicância, mais uma vez, não me importei nem um pouco. Eu só queria ouvir o que Deus pensava de mim.

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